
A “caça às bruxas” foi uma massiva campanha judicial realizada pela Igreja e pelo Estado contra as mulheres da população rural, tendo um significado religioso, político e sexual. Estima-se que aproximadamente 9 milhões de pessoas foram acusadas, julgadas e mortas neste período, onde mais de 80% eram mulheres, incluindo crianças e moças que haviam “herdado este mal”.
Se buscarmos uma definição do termo “bruxa” em dicionários, logo vamos perceber a vinculação com uma figura maléfica, feia e perigosa. Os livros infantis também costumam descrever histórias onde existe uma fada boa e linda e uma bruxa má e horrível.

O estereótipo das bruxas era caracterizado, principalmente, por mulheres de aparência desagradável ou com alguma deficiência física, idosas, mentalmente perturbadas, mas também por mulheres bonitas que haviam ferido o ego de poderosos ou que despertavam desejos em padres celibatários ou homens casados.
Também eram culpadas por se organizarem em grupos – geralmente reuniam-se para trocar conhecimentos acerca de ervas medicinais, conversar sobre problemas comuns ou notícias. Outra acusação levantada contra elas, era de que possuíam “poderes mágicos”, os quais provocavam problemas de saúde na população, problemas espirituais e catástrofes naturais.
Além disso, o fato dessas mulheres usarem seus conhecimentos para a cura de doenças e epidemias ocorridas em seus povoados, acabou despertando a ira da instituição médica masculina em ascensão, que viu na Inquisição um bom método de eliminar as suas concorrentes econômicas, aliando-se a ela.
Qualquer pessoa podia ser denunciada ao “Tribunal da Inquisição” e acabar queimando numa fogueira. Os suspeitos eram presos e considerados culpados até provarem sua inocência. Geralmente, não podiam ser mortos antes de confessarem sua ligação com o demônio.

Geralmente quem sustentava sua inocência acabava sendo queimada viva. Já as que confessavam, tinham uma morte mais misericordiosa: eram estranguladas antes de serem queimadas. Em alguns países, como Alemanha e França, eram usadas madeiras verdes nas fogueiras para prorrogar o sofrimento das vítimas.
Na Itália e Espanha, as bruxas eram sempre queimadas vivas. Os postos de caçadores de bruxas e informantes eram financeiramente muito rentáveis. Eram pagos pelo Tribunal por condenação ocorrida e os bens dos condenados eram todos confiscados.
O fim da “caça às bruxas” ocorreu somente no século XVIII, sendo que a última fogueira foi acesa em 1782, na Suíça. Porém, a Lei da Igreja Católica que fundou os “Tribunais da Inquisição”, permaneceu em vigor até meados do século XX.
2 comentários:
Olá, gostei do texto sobre a caça às bruxas.
Sou estudante de arte, e gostaria de saber o nome do artista responsavel pelas imagens acima.
Obrigado.
Olá, Lucas.
É um artista espanhol, chamado Luis Falero. Digite o nome dele na busca de imagens do google para ver quanta coisa linda que vem!
bjs
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